Os amantes verdadeiros são monstros disfarçados
Com fantasmas às janelas da língua
Pendurados
E o nome sigiloso espraiado na voz
Os amantes verdadeiros são as pedras no lugar dos olhos
Com pontes de mármore na cidade nova
Pedras que não nos avisam onde vão cair
São o lume da casa pequena abandonada
Aparências obscuras brancas em redor dos pulsos
Um rumor de cativeiro na bifurcação das estradas
O carrasco alongado do vício e duma renunciada fome
Os amantes verdadeiros são ligaduras de ontem sobre os dedos
Que o sal amanheceu e repetiu às veias interrompidas
O Outono que veio mais para perto na brancura dos glóbulos
A acreditada morada nas mãos enlevadas - a oscilar
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