Adormeço com o teu nome a abreviar os olhos, o marítimo monstro
que compele dolorosamente o corpo para o seu clamor de
lâminas
onde as asas continuaram a ferir os séculos pelos séculos
sem estadia,
o nome que se afoga na voz antes de pronunciado porque vive
por detrás dos teus
fica, ó nome, no arquejar da primavera mais nocturna
os barcos cujas velas serpenteiam no vento sideral não podem
levar
o tempo que ficou para trás, não querem os astros saber
de que mares viemos nós para aportar a seus pés
como crianças que reencontram o sopro da expansão ainda,
mesmo que interiormente
por isso deixa-te estar à invasão da boca, não te direi
inteiro não te soprarei
mas fica, que as serpentes rastejam ainda onde o sol se pôs
e o gelo cobriu o caminho
prometido
não sibiles também o meu nome, que me foi dado sem que me
pertença
porque se perdeu enfim onde Eles quiseram que me esquecesse
de tudo
e os deuses em nós não conseguirão repetir do barro todas as
inscrições.
como os corpos foram abandonados ao cio das noites, fomos
largados à espera.
não sibiles o corpo despido, que amanhecerá antes que possas
dizer mas.
Queima a ti também saber que Eles sentenciarão que não será
claro o caminho?
Saberás como eu que há cidades onde as rosas são verdes como
os espelhos
e que apenas naquelas o exílio pleno será possível, porque é
sobre elas que o sol dura
e é por baixo delas que a água pulsa: as circulares metrópoles
da obra
Aí conceder-nos-ão Eles os nomes de tudo quanto arruinaremos
depois
até que já não saibamos distinguir-nos um do outro, como o
tubarão e o homem que se uniram
ulteriormente na demolição das pontes para saber como é voar
não esperes o mover das chamas, não esperes o lume exacto,
deixa que ardam verdes já as línguas que consomem
e não te disfarces mais, as claraboias entendem que o clamor
se concluirá,
que a melancolia dos frutos morrentes é cheia de água na
terra
fica, então, nome inaugurado, na plenitude de todos os digitais
crepúsculos divinos
até que ardam esses olhos no lugar de queimar,
até que possamos olhar os deuses descansados na esperança
que precede a espera,
até que possamos olhar os deuses adormecidos
até que possamos ver os deuses dormir
mais que os poemas, a luz da alma está reflectida no espelho. estamos a ver o envolver de algo grande :)... lIKE 400000000
ResponderEliminarMinha querida, tenho é que te ir visitar um dia destes :) obrigada mesmo!!!
ResponderEliminaro nome denomina
ResponderEliminaro verso abrevia
uma força em crescendo, contagiante,
numa poesia de poderosos simbolismos
bjo.
Muito obrigada pela leitura e palavras, Filipe.
EliminarEsperemos que cresça, em tom menor, qualquer um, mas que cresça.
Tatou te tuuina atu se vaifofo mo le togafitiga o faafitauli eseese o le soifua maloloina, e ala i le faaaogaina o se vailaau faasaina ua tuuina atu ma le saito e mafai ona togafitia le faamai atoatoa.
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