Deus
não ri porque é eterno
Os
animais não riem porque desconhecem a morte
Nós
rimos porque a esperamos
Por isso aproxima o copo do espaço estrelado silencioso e
oco
E ri-te
E bebe as questões que a eternidade não quis responder
As cordas da harpa ainda repetem sob os rochedos
Há neles escamas de miséria que reluzem como amantes
E ouvem-se longínquos uivos dos ossos que duraram
Os navios
Nascem dos indefinidos olhos dos deuses
Até à língua do primeiro homem que vigiou o abismo
A última gargalhada de Cristo
Com o pesar da culpa ulterior na rouquidão da voz
A terra sempre resistiu aos clamores
Vamos rir enquanto pudemos, porque depois, só haverá o sorriso irónico e imperecivel dos ossos, o sorriso de alguém que finalmente entendeu a piada e não a quer contar...
ResponderEliminarMais uma obra arrepiante... muito bem mesmo (:
;) certíssimo, querido Jaime! Mas acho que, se a soubesse, contava-ta para não me ficar a rir sozinha
ResponderEliminarObrigada!
Um beijo
Ps-passa pelo meu novo blogue e lê a melancolia da resistência. depois vê o filme, caso ainda não o tenhas visto, e diz-me o que achaste (desafio 2013. E bom ano!)
EliminarCM clap clap clap :)
ResponderEliminarObrigada, Luna!
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